Com os tempos que correm, iniciativas como a apresentação - ou “reapresentação” - de livros como este valem a pena comemorar. E é ainda mais admirável porque tem sido um projeto sem intenção maior do que divulgar alguns valiosos documentos desconhecidos sobre nossa mais prestigiosa marca automotiva -com o perdão da Pegaso-, Hispano Suiza.
No passado rally de Teresa Herrera Este livro já foi apresentado, por ocasião do 25º aniversário do Coruña Veteran Car Club, dando um exemplar a cada participante. E foi forjado com a participação de vários “factores galegos”: A Fundação Jorge Jové, o referido clube da Corunha e Manuel Lage, autor da obra e também descendente do norte, todos eles com a colaboração da Veículo Espanhola Federação Antiga (FEVA).
O livro em si é muito uma novidade editorial como uma novidade de conceito, Pois bem, poucas vezes até à data –se é que alguma vez o foi- se publicou no nosso país uma obra destas características, de pura “arqueologia” documental.
De primeira mão
A obra é baseada em alguns manuscritos de Domingo Anguera, que nos anos 60 já era o trabalhador mais velho da Enasa, pois havia entrado na fábrica Hispano Suiza em 1913 como aprendiz.
Esses escritos foram feitos na década de 50 a pedido de Luis Massuger, diretor da Hispano Suiza na França, por ocasião da criação de seu livro "Marc Brikigt e seu trabalho", também inédito até sua inclusão neste trabalho.
Além disso, a segunda metade do livro de Lage é dedicada a fac-símiles dos escritos originais de Anguera, bem como a alguns pequenos planos e desenhos de sua própria caligrafia, ou a várias passagens onde o protagonista conta desde aspectos sociais de diferentes épocas.
Profundamente
Em última edição do salão Auto Retro Barcelona, Especificamente no sábado, 6 de dezembro, foi reapresentado com o aparecimento de vários especialistas no assunto e ainda com a performance ao vivo do “Himno de la Hispano-Suiza”, uma pequena obra inédita que apareceu entre os documentos do Sr. Anguera … E isso também pôde ser ouvido no Rally Teresa Herrera.
Em última análise, um novo e saboroso volume da nossa "grande" marca, embora possa ser pretendido para verdade geeks do assunto, visto que dificilmente dispõe de material gráfico que complementa o texto. Quanto ao resto dos pormenores da edição, basta dizer que se trata de uma encadernação de capa dura com cerca de 30 × 22 centímetros (comprimento por largura), e que contém 303 páginas em papel de boa gramagem.
* Imagem do cabeçalho: Detalhe da capa de "Los manuscritos de Domingo Anguera"