La A FEVA acaba de lançar o primeiro dos cadernosdedicado à marca Pescara Nacional e escrito por Pablo Gimeno Valledor. Desta forma, cumpre-se um dos objetivos da Federação, que é rever a história da indústria automóvel espanhola, abrangendo todas as vertentes, desde a industrial à desportiva.
Esta iniciativa teve início com uma publicação dedicada à Nacional Pescara, uma estrela cadente dentro do nosso passado industrial. Com uma existência efêmera e tecnologia altamente avançada, fabricou apenas um punhado de veículos que causaram espanto a todos aqueles que passaram a conhecer seus automóveis.
Ninguém melhor para traçar esta história do que o historiador Pablo Gimeno Valledor, autor de mais de duas dezenas de livros sobre o automóvel nacional. É um trabalho ao qual dedicou inúmeras horas e recursos próprios. Além disso, Pablo Gimeno passou recentemente a liderar o Comissão de Cultura da FEVA e, desde o início do ano, também é colaborador de THE SQUARE.
SOBRE A PESCARA NACIONAL
nascido do iniciativa de Raúl Pateras Pescara de Castellucio, Marquês de Pateras Pescara, a Fábrica Nacional de Automóviles SA foi fundada em Barcelona em 1929. Nessa altura, Raúl Pateras era já um destacado engenheiro, detentor de dezenas de patentes, entre as quais um dos primeiros helicópteros. Imaginado durante a Primeira Guerra Mundial, veio à luz no início dos anos 20.
A Nacional Pescara contou com o apoio do rei Afonso XIII e do Governo espanhol, além de um capital inicial de 16 milhões de pesetas, uma cifra enorme naqueles anos. Para projetar o primeiro carro da marca, além de seu talento excepcional, o Marquês de Pescara contou com a ajuda de seu irmão Enrique e do engenheiro italiano Edmond Moglia. Para completar o modelo, foram recrutados técnicos de Hispânico-Suíço e Elizalde, as empresas espanholas mais vanguardistas do momento no setor automóvel.
O primeiro modelo da empresa foi um carro de 8 cilindros, muito avançado tecnicamente, com 4.800 cm3. A prova da tecnologia de ponta utilizada foi que muitos de seus componentes foram feitos de Electron, uma nova liga de alumínio e magnésio. Apenas um punhado de unidades deste modelo foram construídas, sendo uma delas adquirida pelo rei Afonso XIII.
DAS CORRIDAS
Rapidamente se preparou uma versão desportiva, com um quadro mais curto, que Enrique Pateras pôs à prova em La Rabasada em 1930, conseguindo uma vitória e quebrando o recorde na sua categoria. Em 1930 formou-se uma equipe de competição com os pilotos Juan Zanelli e Esteban Tort, que conseguiu triunfar no Campeonato Europeu de Mountain Bike, derrotando marcas de sucesso como a Bugatti.
Em 1932 a empresa havia projetado um novo modelo, com 10 cilindros e 4 litros de capacidade, que foi chamado de Tipo P. No entanto, Este projeto não saiu dos planos, devido à chegada da Segunda República, que levou ao exílio de Alfonso XIII e do próprio Raúl Pateras. A situação econômica piorou rapidamente e a empresa acabou nas mãos da Fiat, que pretendia adquirir uma marca espanhola para se estabelecer no nosso país.
Raúl Pateras construiu ainda um último modelo em Paris, antes do desaparecimento do nacional Pescara em 1935. Era um carro de 16 cilindros, com propulsor fornecido pela firma suíça SLM. Em suma, Raúl Pateras e suas criações mostraram-se no topo da engenharia naqueles anos. Apesar de sua breve existência, causou importante impacto e alcançou um excelente recorde esportivo.
A VENDA AGORA
O portátil FEVA na Nacional Pescara já pode ser adquirido pelo preço de 22 euros. Esta figura fica em 20 euros para membros da Federação. A partir de cinco exemplares, os portes de envio são gratuitos. Os pedidos podem ser feitos através do e-mail [email protegido].
Sem dúvida, uma obra que não pode faltar na estante de todo bom fãAssim, apesar de ser uma marca de notável importância, a história da Nacional Pescara é pouco conhecida. Daqui, aplaudimos esta iniciativa da FEVA.