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SEAT 1400 Sport Serra da coleção SEAT in Filming, um excelente design

A relação estabelecida entre a SEAT e Pedro Serra durante os anos cinquenta resultou em várias séries de modelos descapotáveis ​​feitos no 1400. O grau de personalização é tão elevado que cada um quase poderia ser considerado uma peça única. No entanto, entre as poucas conservadas, esta unidade conservada pela coleção SEAT in Filming destaca-se por direito próprio. Um design mais bem sucedido e interessante

Em meio aos escombros da Segunda Guerra Mundial, a indústria automobilística italiana tinha pelo menos duas prioridades. O primeiro foi fornecer soluções de mobilidade para uma população empobrecida mas ao mesmo tempo lutando pela reconstrução nacional. Desta forma, a Ducati adaptou o motor auxiliar da bicicleta Cucciolo ao mundo dos ciclomotores, apresentando o seu Tipo 1946 em 1. Um modesto e económico suporte de duas rodas para se deslocar facilmente pela cidade. Punto de partida de otras muchas, llegando al mercado en 1949 la Ducati 60. Ya con un motor de 59'5cc para rendir hasta 2CV de potencia, siendo un paso tan pequeño como significativo respecto a la forma y manera en la que se estaba recuperando a economia.

Com esse panorama, a verdade é que o mundo das motocicletas surgiu como a alternativa necessária ao automobilismo em meio a tanta devastação. No entanto, chegando aos cinquenta, as classes médias recuperavam força e, além disso, marcas como Alfa Romeo ou FIAT já haviam conseguido restaurar suas instalações bombardeadas. Assim, a segunda prioridade para a indústria automotiva italiana começava a tomar forma. nem mais nem menos do que a apresentação de novas gamas de modelos de turismo com os quais olhar para o futuro otimista.

No caso da Alfa Romeo isso aconteceu em 1950 com a apresentação do 1900. O modelo graças ao qual a marca foi finalmente lançada em produção em massa, mostrando o mérito de não ter abdicado de variantes desportivas com as quais continuar. . Além disso, apenas nesse mesmo ano o FIAT mais sereno e maciço apresentou o 1400. Um grande passo em sua história, deixando para trás os ecos pré-guerra mostrados pelo 1500 de 1935. Agora a carroçaria era autoportante e com linhas de pontão, sem as defensas segregadas. Além disso, esta criação de Dante Giacosa exibia um certo sabor americano que era muito típico da época.

Com tudo isso, em 1950 ninguém podia duvidar de como o automobilismo italiano havia recuperado sua força, também se lançando totalmente nas técnicas de montagem de correntes. Porém, países como a Espanha não desfrutaram desse caminho marcado pelo retorno à comunidade internacional tão cedo. Longe disso, no final dos anos XNUMX o regime de Franco ainda emergia gradualmente da autarquia. Um período de isolamento onde a escassez se tornou ingenuidade ao ponto de surgir empresas como Veículos Elétricos Autarquia SA

No entanto, a aliança estratégica com os Estados Unidos no contexto da Guerra Fria permitiu abrir caminhos de crescimento, entre os quais se destaca a fundação da SEAT em 1950. Nesse ano, tão simbólico para o desporto motorizado tanto em Itália como em Espanha, de que chegaram criações que ninguém suspeitaria pouco antes em um ambiente marcado por cartões de racionamento e escassez de combustível. Assim nasceu o SEAT 1400 Sport de Pedro Serra.

A APARIÇÃO DA SERRA NA HISTÓRIA DA SEAT

Com grande parte dos antigos quadros da Hispano-Suiza afectos às novas linhas de montagem, iniciou-se em 1953 a produção do SEAT 1400 sob licença FIAT. O modelo com o qual se iniciou uma nova era na indústria automóvel peninsular sob a protecção do Instituto Nacional da Indústria, vindo a fabricar mais de 99.000 unidades em pelo menos quatro séries. Dessa forma, foram construídas pontes para a futura motorização em massa das classes médias, com a intenção sóbria e racional de reconstruir a economia como bandeira.

De facto, embora as versões coupé e descapotável do FIAT 1400 tenham sido fabricadas em Itália, em Espanha a SEAT concentrou-se no eficiente e versátil sedan. Por esta razão, o aparecimento de variantes com um toque desportivo ou recreativo parecia uma quimera até em 1956 apareceu em cena a figura de Pedro Serra. Experiente como encarroçador independente realizando conversões ou restaurações para clientes particulares, Serra fez seu primeiro conversível naquele ano com um SEAT 1400 como base. Com linhas inspiradas no design americano da época, esse modelo ao ar livre foi um dos sucessos da Feira de Barcelona.

Assim, a SEAT entendeu a importância desta criação como modelo de reclamação. Ainda mais ao ver o entusiasmo do público. Responsável por infectar Vicente Urrutia - diretor comercial da SEAT - com o mesmo estado de espírito. Motivo pelo qual propôs a Serra trabalhar exclusivamente com a marca, tendo assim um caráter subsidiário na condição de empresa colaboradora. Algo que soou atraente, embora no final não tenha sido aceito por Serra antes do medo de perder a independência. Desta forma, o que foi finalmente acordado foi a entrega de lotes com quatro chassis nus do 1400 pela SEAT.

Em troca disso, Serra devolveria três carros de fuselagem à marca. Reservando um para vender livremente. Neste ponto, iniciou-se uma relação que se consolidaria com o aparecimento de um segundo protótipo -bicolor- na Feira de Barcelona em 1957. Antes do início da primeira série em 1958, à qual mais três se seguiriam até o realizado no 1400C em 1960. Uma genealogia digna de arqueólogos motores, pois nem é muito claro se tudo isso pode realmente ser classificado como produção em série. Vamos ver.

Para começar, a liberdade criativa de Pedro Serra nunca contemplou a padronização necessária em nenhuma linha de montagem industrial. longe disso, cada unidade pode ser classificada como uma peça única. Com constantes alterações estéticas devido à forma artesanal com que este construtor de carroçarias trabalhava. Desta forma, rever o material gráfico disponível no SEAT 1400 Sport é mergulhar num catálogo onde a única regra geral é que não existe regra geral. Uma história complicada que se junta às lacunas documentais típicas de qualquer pequena empresa com pouco planejamento. Além disso, a criação de unidades conversíveis do SEAT 1400 além dos quadros fornecidos pela fábrica também deve ser considerada.

Partindo desses fundamentos, também é verdade que muitas unidades pertencentes à mesma série apresentam muitas semelhanças estéticas entre si. Sem falar na mecânica. Sempre se caracterizando pelo reforço que o chassi foi feito nas oficinas de Carrocerías Pullman -local de trabalho da Serra- para adaptá-los às necessidades específicas de um conversível. Sempre depois de encurtar a batalha em cerca de 20 centímetros. Sobre os números, Pablo Gimeno Valledor aponta em seu livro sobre Pedro Serra publicado em 2003 cerca de 150 unidades conversíveis somando todas as séries. Figura de orientação. Pois, lembremos, estamos diante da história de uma empresa acostumada a pedidos individuais. Onde um registro serial nunca foi mantido.

SEAT 1400 berlina série. SEATs históricos

O PARADOXO DE PODER MORRER DE SUCESSO

Na indústria automobilística há vários exemplos dos perigos do sucesso. Especialmente quando se tenta cobrir mais do que o possível, crescendo à taxa de crédito para finalmente acabar despejado no dado hiato entre investimento e lucro. Nesse sentido, o pacto firmado com a SEAT trazia mais problemas do que benefícios a Serra. E é que a produção de sua pequena oficina cresceu a tal ponto que ele foi forçado a contratar mais funcionários. E ainda alugar novas instalações onde você pode instalar a produção. Um caminho de crescimento empresarial que obrigou o construtor de carroçarias a descurar a sua atividade criativa para se dedicar integralmente à gestão financeira.

E isso para não falar do risco envolvido em fazer cada vez mais investimentos para poder satisfazer os pedidos da SEAT. Nesse momento, Serra percebeu que, na prática, havia se tornado uma empresa subsidiária. Exatamente o que ele havia rejeitado categoricamente nas primeiras negociações com a marca. Com este contexto para trás, explicou a situação aos responsáveis ​​da SEAT de forma a encerrar os trabalhos realizados no 1400 Sport de forma indolor para ambas as partes. Felizmente não houve problema. E tanto a Serra como as Carrocerías Pullman puderam regressar ao seu estatuto de oficinas independentes com um ritmo de trabalho totalmente artesanal.

SEAT 1400 A DA COLEÇÃO SEAT FUNCIONANDO

Para além do trabalho de preservação realizado pela SEAT Históricos no armazém da A122, a coleção SEAT en Rodaje é uma das paragens obrigatórias no legado desta marca. Com quase quarenta unidades hoje, a história começou em 1996 com a aquisição por Jaime Sánchez de seu primeiro clássico. UM SEAT 600E. Graças a ela, pôde analisar a importância industrial e emocional da SEAT na história recente do nosso país. Uma forma de ver o colecionismo que o levava a conquistar modelos mais marcantes na história da marca.

Além disso, nesta coleção é cuidado o histórico de cada unidade. Realização de um restauro ao estado de origem que, no caso de alguns modelos, é digno de grande impressão. Um trabalho que cada vez mais fãs valorizam, aproximando-se dos espaços de SEAT na estrada organizadas nas várias feiras a que costumam frequentar. Entre eles Retromóvil Madrid. Onde na sua última edição pudemos ver uma foto curiosa em que posaram juntos o SEAT 1400 A Sport desta coleção com a qual está atualmente em processo de limpeza e arranque na oficina Marcos Blasco em Bocairent. Gêmeo de outro encontrado há pouco tempo em Castilla – La Mancha. Um carro sobre o qual falaremos pouco antes do processo de restauração que certamente passará em alguns anos naquela mesma oficina em Boicarent.

No entanto, focando no SEAT 1400 A Sport que é o protagonista deste artigo, diremos que é uma unidade de 1959. Sem dúvida um dos designs mais elegantes, proporcionais e clássicos da Serra. De qual a produção de cerca de vinte unidades é estimada, tendo hoje localizado pelo menos quatro. É por isso que, assim que a coleção SEAT en Rodaje ouviu falar, não hesitou em adquiri-la. Submetendo-o a uma configuração que hoje o torna esplêndido.

Claramente influenciado pelo estilo ligeiramente americano da época, tudo neste conversível é surpreendentemente fluido e harmonioso. Mais baixo e mais estreito do que um 1400 standard - a sua distância entre eixos é cerca de vinte centímetros mais estreita do que a do FIAT 1400 Cabriolet fabricado em Itália -, neste SEAT 1400 Sport detalhes foram levados em consideração, como o recolhimento do capô. Muito bem integrado no perfil do modelo, indo em sintonia com os cuidados gerais nos acabamentos. Tudo isso com uma tara de 1.075 quilos, acionada pela mecânica de quatro cilindros em linha e 44CV do 1400A.

Além disso, o restauro a que foi submetido pela SEAT in Filming torna-o totalmente radiante. Na verdade, pode ser hoje o conversível SEAT 1400 mais representativo entre os conhecidos pelos fãs. Um grande trabalho de criação e conservação.

Fotografias: SEAT filmando

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Escrito por Miguel Sánchez

Através das notícias de La Escudería, percorreremos as sinuosas estradas de Maranello ouvindo o rugido do V12 italiano; Percorreremos a Rota 66 em busca da potência dos grandes motores americanos; vamos nos perder nas estreitas pistas inglesas rastreando a elegância de seus carros esportivos; aceleraremos a frenagem nas curvas do Rally de Monte Carlo e até ficaremos empoeirados em uma garagem resgatando joias perdidas.

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