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Vinte anos se passaram desde a cessação da fabricação do Volkswagen Fusca original no México

O Volkswagen Tipo 1, mais popularmente conhecido como Fusca, tornou-se um dos carros mais vendidos da história. Com origens ainda antes do início da Segunda Guerra Mundial, o pequeno carro conseguiu estender a produção até o século 2003, especificamente no México, onde foi fabricado até XNUMX.

Talvez um dos sinais do sucesso de um automóvel e também do seu estatuto de ícone seja o facto de receber algum apelido carinhoso. Fusca, Fusca, Käfer, Coccinelle ou Vocho, foram alguns dos muitos nomes do automóvel líder da atualidade, e que recordamos vinte anos após o fim da sua produção. 

A história do primeiro carro Volkswagen é bem conhecida, com origens um tanto obscuras, idealizado pelo partido nazista na década de 30 motorizar a Alemanha como “carro da cidade", com um projeto polêmico comandado por Ferdinand Porsche.

Não seria até o final da Segunda Guerra Mundial que o sucesso deste carrinho começou a decolar. No final da década de 40 começaram as primeiras exportações, e na década de 50 veio o primeiras fábricas fora da Alemanha. 

Com alguns objetivos muito ambiciosos, o Volkswagen Fusca conseguiu cumprir plenamente todos eles. Em 17 de fevereiro de 1972, o modelo possuía unidade 15.007.034, um número que a priori parece um tanto estranho, mas que faz sentido por ser o recorde mundial de produção que até então abrigava o Ford Model T.

A década de 70 trouxe a modernização da linha, a chegada do golfe marcou o fim do Fusca em muitos mercados, incluindo a Alemanha, onde foi descontinuado em 1978 depois de ter vendido mais de seis milhões de carros neste país. No entanto, este carro permaneceu incrivelmente popular em outras partes do mundo.

Em 1972, o Fusca conquistou o Ford Modelo T, o recorde de carro mais vendido da história.
Em 1972, o Fusca conquistou o Ford Modelo T, o recorde de carro mais vendido da história.

A HISTÓRIA DA VOLKSWAGEN NO MÉXICO 

O México foi e é um dos pilares fundamentais da marca alemã. Os primeiros carros chegaram ao país em 1954, e só 1965, quando a Volkswagen estabelece uma fábrica em La Puebla de Zaragoza, com o primeiro carro fabricado em 23 de outubro de 1967, sendo comercializado com o nome de Volkswagen Sedan. 

O sucesso se repetiria nesta fábrica, com modelos exclusivos para o paíse números de produção muito bons para o "Vocho". Já em 1968, 100.000 desses carros haviam sido fabricados no México, com 500.000 chegando em 1975 e um milhão em 1980. Um ano depois, em 1981, foram comemorados os 20.000.000 de Fuscas fabricados em todo o mundo. Curiosamente, a unidade 19.999.999 foi feita no Brasil e 20.000.001 foi feita na Nigéria.

Grande parte dessa popularidade deveu-se ao fim da produção alemã, já que a partir de então foram os fuscas mexicanos que foram exportados para vários países da Europa, incluindo, curiosamente, a Alemanha onde foi comercializado até 1985.

SUCESSO COMO TÁXI

Uma das curiosidades que o Vocho protagonizou no México foi seu curioso papel como um dos táxis mais populares do país, algo que chama a atenção por ser um modelo duas portas. Por isso, e para facilitar o acesso aos bancos traseiros, o Volkswagen Sedan em sua versão destinada aos táxis não dispunha do banco do passageiro.

Anúncio para o táxi Volkswagen Sedan.
Anúncio para o táxi Volkswagen Sedan.

En 1992 o Fusca 21 milhões fabricados é atingidoEsta foi a última vez que o modelo comemorou a cifra de um milhão de dólares, denotando uma demanda menor que determinou o declínio daquele que era o veículo mais vendido do mundo. Em 1996, a produção do carro no Brasil cessou, deixando o México como o único local onde a fabricação continuou. 

Neste último período, o Fusca tinha um motor de 1.600 centímetros cúbicos equipado com injeção eletrônica multiponto e ignição eletrônica. Já em 1999 surge um sucessor, o New Beetle, com sua fabricação realizada apenas no México.

FABRICAÇÃO DO VOLKSWAGEN BETLE DESCONTINUADA: 30 DE JULHO DE 2003

Ao mesmo tempo em que eram fabricadas as primeiras unidades do Novo Fusca, o antigo Fusca continuava sua produção com números de vendas que diminuíam ano a ano, com uma média de cerca de 30.000 carros fabricados por ano desde meados dos anos XNUMX. 

Por esta razão, a Volkswagen decidiu encerrar a produção deste icônico modelo em 2003. Como última homenagem, foi comercializado uma série limitada chamada "Last Edition" de apenas 3.000 unidades. Hoje esta série final atinge preços muito altos, atingindo um milhão de dólares.

Volkswagen Beetle "Last Edition" fabricado em 2003 e limitado a 3.000 exemplares.
Volkswagen Beetle "Last Edition" fabricado em 2003 e limitado a 3.000 exemplares.

Por fim, o 30 de julho de 2003 foi o dia em que a produção terminou de um carro cuja história começou quase setenta anos antes, e cuja produção em massa remonta a 1945. 

O número final foi de 21.529.464 Volkswagen Tipo 1 fabricados. O último carro foi enfeitado na frente com a bandeira mexicana feita de flores. Na cerimônia, filmado, os últimos carros rodaram pela fábrica ao ritmo de uma banda de mariachis que cantou músicas próprias para a despedida como "As andorinhas"ou"O Rei". 

Embora a frase que serve de epitáfio perfeito tenha sido a mesma que a Volkswagen usou para um anúncio para ecoar o desaparecimento do Vocho: “É incrível que um carro tão pequeno deixe um vazio tão grande.".

Fotos: Volkswagen e Volkswagen México.

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Escrito por javillac

Essa coisa sobre carros vem desde a infância. Quando as outras crianças preferiam a bicicleta ou a bola, eu ficava com os carrinhos de brinquedo.
Ainda me lembro como se fosse ontem um dia em que um 1500 preto nos ultrapassou na A2, ou da primeira vez que vi um Citroën DS estacionado na rua, sempre gostei de pára-choques cromados.

Em geral, gosto de coisas de antes de eu nascer (alguns dizem que estou reencarnado), e no topo dessa lista estão os carros, que, junto com a música, fazem a combinação ideal para um momento perfeito: dirigir e trilha sonora de acordo com o carro correspondente.

Quanto aos carros, gosto de clássicos de qualquer nacionalidade e época, mas meu ponto fraco são os carros americanos dos anos 50, com suas formas e dimensões exageradas, e é por isso que muitas pessoas me conhecem como "Javillac".

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