Nomear um carro com uma determinada arte é uma tarefa que pode determinar o sucesso de mercado de um modelo. Mas em muitos casos o que pode ser uma palavra inofensiva no país de origem pode esconder um significado desagradável ou supersticioso em outra parte do mundo, reduzindo assim o número de compradores globalmente.
Embora os exemplos não sejam muitos, é sempre divertido explorar os carros que tiveram que mudar de nomenclatura se quisessem ter a chance de continuar a ser comercializados, e Muitas vezes os motivos para reconsiderar o nome original são realmente curiosos e até malucos.
MITSUBISHI PAJERO
No topo da lista está aquele que é provavelmente o carro mais conhecido e com má reputação em Espanha: o Mitsubishi Pajero. Este famoso veículo off-road japonês apresentado em 1982 recebeu o nome do leopardo pajero, também conhecido como gato-pampa. Da Mitsubishi Não pensaram no infeliz significado em espanhol que o sobrenome deste felino tinha, por isso em vários mercados teve que ser comercializado como Mitsubishi Montero..
ASSENTO MÁLAGA
Algo semelhante ao que aconteceu com a Mitsubishi com o Pajero aconteceu com a SEAT com o Málaga nos anos oitenta. Nessa década a marca iniciou a sua longa tradição de batizar os seus novos modelos em homenagem às cidades espanholas, começando pelo SEAT Ronda. Contudo, o nome de Málaga é inadequada no mercado grego, onde a palavra “Malaka”Tem um significado semelhante ao já mencionado Mitsubishi 4X4, razão pela qual foi comercializado como SEAT Gredos.
DITADOR DE STUDEBAKER
Pode parecer uma loucura hoje em dia, mas o carro de acesso à gama de Studebaker entre 1927 e 1937 foi chamado de ditador, ao qual se juntou outros modelos “mais democráticos” como o Presidente, o Comandante ou o Chanceler. A comercialização deste carro coincidiu com o aumento das ditaduras em todo o país. A Europa, que naquela época era um dos principais mercados da marca americana, razão pela qual era vendida neste continente como Studebaker Standard Six. A empresa retirou este nome pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial e foi substituído pelo Studebaker Champion.
TOYOTA MR2
Às vezes é a pronúncia em um determinado idioma que pode levar a um significado oculto desagradável. É o caso do Toyota MR2, nome que remete ao motor central, à propulsão traseira e aos dois bancos deste acessível esportivo. Em francês diga “MR-deux» é muito semelhante a dizer “merda", palavra que não precisa de tradução e razão pela qual o carro foi vendido na França como Toyota MR.
JAGUAR
Tal como o desaparecimento do Ditador Studebaker, a origem do nome Jaguar foi outra consequência da Segunda Guerra Mundial. Mesmo antes do conflito, a prestigiada empresa britânica era conhecido como Swallow Sidecars, abreviado como Carros SS, uma sigla que infelizmente compartilhou com a infame organização paramilitar alemã Schutzstaffel.
RENAULT 17
Surpreendentemente nesta ocasião foi um número que teve que ser alterado. Os humanos são criaturas supersticiosas e, por esta razão, a Renault pulou o número 13 em sua longa dinastia de carros com nomes cifrados. Mas quando lançaram o Renault 17 Não pensaram no mercado italiano, país onde este número está associado à má sorte e teve que ser rebatizado de Renault 177.
NISSAN FAIRLADY
Esta saga de atraentes cupês japoneses ficou conhecida em seu país de origem como Fairlady em homenagem a “My Fair Lady”, o musical da Broadway preferido do então presidente da companhia. O nome do carro deveria evocar beleza e delicadeza, mas Yutaka Katayama, presidente da divisão norte-americana da empresa, não concordou e buscava um nome mais agressivo e atraente que soasse melhor aos ouvidos dos compradores americanos.. Assim, o carro foi comercializado como 240 Z, devido ao seu deslocamento inicial de 2,4 litros e o Z era a designação comercial que o modelo possuía internamente.
PORSCHE 911
O esportivo mais famoso da marca alemã começou sua história sendo chamado Porsche 901. Pouco depois, sua nomenclatura mudou para se tornar o lendário 911. Muita gente acredita que o motivo de sua mudança de nome foi uma ação movida pela Peugeot, que batizou suas criações com números que tinham um zero no meio. A realidade, porém, era a mesma da Fairlady, já que era Max Hoffman, principal importador da Porsche nos Estados Unidos, sugeriu que o 911 soava mais comercial.
FORD MUSTANG
O nome do Ford Mustang É um dos mais reconhecidos mundialmente em toda a história do automóvel. O sucesso destes carros foi transferido em menor grau para a Europa, onde estes carros Pony chegaram à Alemanha na década de sessenta. Mas se você comprou um desses carros aí esses foram vendidos como Ford T5, já que o nome Mustang já havia sido registrado por uma empresa de transporte rodoviário alemã.
RENAULT CLIO
O nome do Renault Clio vem de uma das nove musas da mitologia grega. Mas no Japão esta palavra já era usada anteriormente na indústria automobilística, e embora Não foi usado para nomear nenhum modelo específico, mas sim o canal de vendas da Honda desde 1984.. Por esta razão o carro foi comercializado neste mercado como Renault Lutecia, nome que Paris recebeu na época romana.
AUDI
A Alemanha foi o berço do automóvel e neste país nasceram alguns dos nomes mais importantes desta indústria como Benz, Daimler e Porsche. Um dos personagens menos reconhecidos hoje é August Horch, que fundou uma empresa com seu sobrenome em 1899. Dez anos depois teve que abandonar a própria empresa e ao fundar uma nova não pôde voltar a usar o próprio nome. A solução foi fruto de engenhosidade, já que Horch significa ouvir em alemão e decidiu usar a mesma palavra, mas em latim. Audi. Após a Segunda Guerra Mundial o nome Horch Acabou desaparecendo ao ser absorvida pela união de quatro empresas que ficou conhecida como Auto Union, e que é representada pelos quatro anéis do atual logotipo da Audi.